Os estudos comprovam, e inclusive o jurista na entrevista citada no primeiro post , afirma que os “pobres dos pobres são em sua maioria negros”. Logo, se o sistema de cota fosse para população de baixa renda, por conseqüência, beneficiaria principalmente negros e pardos, porém a política teria outro viés.
Ela deixaria claro que os negros e outras minorias não acessam a universidade porque são pobres, ou seja, porque o Estado não cumpriu o seu papel.
E quanto ao acesso ao mercado de trabalho e os baixos salários, isso não tem jeito. É puro pré - conceito do nosso povo brasileiro, isso é fato.
Não precisamos provar nada a ninguém. Temos capacidade intelectual igual a outros grupos étnicos, mas temos poucas oportunidades, pois somos socioeconomicamente excluídos e marginalizados. E mesmo quando temos nível superior continuamos vítimas de um racismo mascarado dentro de empresas e outros espaços.
Observe que sempre justificando nossa presença mostrando que “trabalham” para diminuir as desigualdades sociais e étnicas, por isso em suas empresas tem negros, índios, mulheres, homossexuais, etc. Se são profissionais, porque a necessidade de justificar a presença deles? Por que salários menores e funções inferiores? Alguém aí, ainda acha que isso não tem nada ver com racismo ou preconceito racial?
Ah sim, voltando ao caso da minha irmã. Tenho que confessar que embora eu não admita prá ela (para que ela não se acomode e fique se lastimando. Porque não mudaria a realidade). Sei que o fato de ela ter desistido do curso em Pontes e Lacerda é resultado do fatores acima.
Somos pobres, não tínhamos (e ainda não temos) como bancar a mensalidade do ônibus para que ela fosse todo dia e também não tínhamos condições de alugar um casa para que ela ficasse lá. Tudo isso prá não mencionar ao materiais didáticos.
Sei que talvez, bem mais prá mim faz toda diferença do que para as outras 3 irmãs minha: ser negras, filhas de agricultores e termos entrado na universidade pública tendo estudando toda vida em escola pública tem outro significado.
Ela deixaria claro que os negros e outras minorias não acessam a universidade porque são pobres, ou seja, porque o Estado não cumpriu o seu papel.
E quanto ao acesso ao mercado de trabalho e os baixos salários, isso não tem jeito. É puro pré - conceito do nosso povo brasileiro, isso é fato.
Não precisamos provar nada a ninguém. Temos capacidade intelectual igual a outros grupos étnicos, mas temos poucas oportunidades, pois somos socioeconomicamente excluídos e marginalizados. E mesmo quando temos nível superior continuamos vítimas de um racismo mascarado dentro de empresas e outros espaços.
Observe que sempre justificando nossa presença mostrando que “trabalham” para diminuir as desigualdades sociais e étnicas, por isso em suas empresas tem negros, índios, mulheres, homossexuais, etc. Se são profissionais, porque a necessidade de justificar a presença deles? Por que salários menores e funções inferiores? Alguém aí, ainda acha que isso não tem nada ver com racismo ou preconceito racial?
Ah sim, voltando ao caso da minha irmã. Tenho que confessar que embora eu não admita prá ela (para que ela não se acomode e fique se lastimando. Porque não mudaria a realidade). Sei que o fato de ela ter desistido do curso em Pontes e Lacerda é resultado do fatores acima.
Somos pobres, não tínhamos (e ainda não temos) como bancar a mensalidade do ônibus para que ela fosse todo dia e também não tínhamos condições de alugar um casa para que ela ficasse lá. Tudo isso prá não mencionar ao materiais didáticos.
Sei que talvez, bem mais prá mim faz toda diferença do que para as outras 3 irmãs minha: ser negras, filhas de agricultores e termos entrado na universidade pública tendo estudando toda vida em escola pública tem outro significado.
No caso da Antonia em especial, o fato dela ter entrado na universidade não pelo sistema de cotas quando este já estava sendo implantado, e ser acusada de estar lá por causa das cotas, só confirmou que o sistema de cotas da forma que está posta serve muito mais para aumentar os (pré)-conceitos que existem na nossa sociedade contra as minorias. E pouco, muito pouco mesmo, para reparar a ausência de Estado no cumprimento do seu dever e nas injustiças sociais contra a população negra do Brasil.
Que fique bem claro, esses posts são apenas uma forma de dizer o que penso sobre o tema, pois na maioria das vezes prefiro calar quando sou perguntada.
Muitas vezes, mesmo tendo o que dizer é melhor não dizê-lo. Muitos não estão a fim de ouvir ou entender os porquês. Apenas querem perguntar para mostrar que se importam. Mas estes já têm as respostas. E quando nossas respostas contraria o esperado, parecem ficar ofendidos. Não querem mais conversa. Imagina, uma negra ser contra as cotas? veja se tem cabimento?
Tudo bem, aprendi que devemos ouvir a opinião dos outros, mas que jamais devemos abrir mão das nossas. A não ser que perceba que está equivocado. E se estiver equivocado, é um ato de grandeza, dignidade, honestidade, humildade e sabedoria reconhecer o equívoco e é claro mudar de idéia.
Ainda é cedo. Quem sabe em um futuro próximo mudo de opinião quanto ao sistema de cotas. Mas e daí, que diferença faz a minha opinião, não é mesmo?
Nossa!!! Quanta bobagem, heim? Aff...
Próximo!!!!!
Que fique bem claro, esses posts são apenas uma forma de dizer o que penso sobre o tema, pois na maioria das vezes prefiro calar quando sou perguntada.
Muitas vezes, mesmo tendo o que dizer é melhor não dizê-lo. Muitos não estão a fim de ouvir ou entender os porquês. Apenas querem perguntar para mostrar que se importam. Mas estes já têm as respostas. E quando nossas respostas contraria o esperado, parecem ficar ofendidos. Não querem mais conversa. Imagina, uma negra ser contra as cotas? veja se tem cabimento?
Tudo bem, aprendi que devemos ouvir a opinião dos outros, mas que jamais devemos abrir mão das nossas. A não ser que perceba que está equivocado. E se estiver equivocado, é um ato de grandeza, dignidade, honestidade, humildade e sabedoria reconhecer o equívoco e é claro mudar de idéia.
Ainda é cedo. Quem sabe em um futuro próximo mudo de opinião quanto ao sistema de cotas. Mas e daí, que diferença faz a minha opinião, não é mesmo?
Nossa!!! Quanta bobagem, heim? Aff...
Próximo!!!!!