A necessidade de uma forma de desenvolvimento sustentável parte do pressuposto de que o atual modelo de desenvolvimento do capitalismo globalizado é insustentável porque resultou em uma sociedade injusta tanto do ponto de vista social econômico e principalmente ambiental que aumenta cada vez mais as desigualdades sociais.
Tanto em escala mundial quanto em escala regional e local o que se tem evidenciado é a concentração de renda e o aumento das agressões a natureza com o objetivo de produzir cada vez mais em menor espaço de tempo.
A noção de desenvolvimento sustentável vem contrapor esse modelo de desenvolvimento supracitado e nesse sentido entende-se que para o modelo de desenvolvimento atual torne-se sustentável de fato é preciso que se elabore e execute programas e políticas públicas capazes aliar “eficiência econômica, eqüidade social e prudência ecológica”.
A implementação de políticas públicas ou programas capazes de promover a sustentabilidade social, econômica e ambiental pressupõe investimentos em ações que promovam a estabilidade financeira de cada nação. Implica na incorporação de ações permanentes voltadas para a promoção da igualdade social, geração de e aumento de renda para a população pobre. Valoriza e respeita a diversidade sociocultural de cada região, o saber local e principalmente, promove ações que priorizam o uso racional dos recursos naturais, isto é forma de usufruto que não coloque em risco a dinâmica dos ecossistemas.
Tais ações embora sejam executadas localmente refletem globalmente porque criam uma série de mecanismos capazes reduzir os impactos ambientais, as desigualdades sociais e econômicas simultaneamente. Além disso, torna possível garantir o protagonismo das populações locais com seus saberes, crenças, práticas e valores.
Para que na Amazônia e o Brasil se desenvolvam sustentavelmente é preciso que se leve em conta as características socioambientais de uma região que sempre foi encarada como atrasada dentro dos planos e projetos políticos elaborados pelo Estado para cada região.
No caso da Amazônia, não se pode perder de vista que o extrativismo é uma das mais importantes atividades econômica, social e ambiental que permite não só a sobrevivência de muitas populações tradicionais como também o equilibrio do ecossistema nos quais estão inseridos.
Atualmente existem experiências interessantes e exitosas sendo desenvolvidas junto e/ou pelas comunidades Brasil a fora. Tais experiências podem e merecem serem replicada, reaplicada, divulgadas, incentivadas, valorizadas, etc... Estamos caminhando a passos lentos.
"Catador de coquinho", seu modo de vida e a garantia do seu território algum dia será prioridade para algum governante no Brasil? É a pergunta que faço a tempos e continuo sem resposta.
2 comentários:
Que bom vê-la escrevendo no blog de novo... Estava com saudades, querida.
Melhor que voltar a escrever é o seu apoio. To com saudades de textos novos no seu blog de cinema e também artigos seus no pauta socioambiental.
Bjus, meu amor
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