terça-feira, 4 de abril de 2023

Mais óbvio só a crise climática

 Deroní  Mendes - Depois de 6 anos sem movimentar esse canal resolvi (re)ativá-lo.  Sim.  E pra falar, digo escrever sobre  cousas temas que  nunca deixei de falar: sobre  identidade, territórios e povos e comunidades  tradicionais.  

Para mim, territórios identidade  povos e comunidades tradicionais  são termos que não se entender  dissociados.  É impossível,  entender a complexidade  que são os povos e comunidades tradicionais sem entender/aprender  o significado  de  identidade  e territórios para esses grupos. 

Quero aqui  voltar a falar sobre: mudanças climáticas,  crise climática, emergência  climática, ou colapso climático.  Não,  não vou me aprofundar em discussões  técnicas cientificas e conceituais sobre esses temas , pois não é essa a minha seara.   

Pretendo aqui  escrever sobre,  questões bem óbvias,  como, por exemplo, o fato de que chegamos a aquele momento da história onde se faz mais que necessária processos, politicas  e ações  urgente capazes de reduzir ou interromper a mudança climática e evitar danos ambientais potencialmente irreversíveis capazes de tornar inviável a vida no planeta.

Então, dentre as  obviedades das quais falarei, está impossibilidade de promover a justiça climática sem a incluir e escutar os povos e comunidades tradicionais e populações urbanas periféricas, pois, não  se promove justiça climática sem combate ao racismo estrutural  e ambiental, e as  desigualdades sociais e de gênero,

A  não inclusão de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais (PIPCTs) na construção e discussão sobre mecanismos  e políticas de enfrentamento  da crise Climática  torna falho qualquer mecanismo, já que seus territórios e o uso que fazem dos recursos naturais  ali  disponível são considerados parte primordiais  de qualquer  solução  climática. 

Não enfrenta as mudanças climáticas sem se envolver e contribuir com a discussão sobre mercados de carbono,  principalmente sem contribuir com o entendimento e participação de lideranças e organizações representativas de PIPCTs e populações  urbanas periféricas e outros grupos sociais vulnerabilizados. 

E por último, porém muuuuito importante,  é dizer (escrever) e contribuir para o entendimento de que até   discutir premissas de salvaguardas socioambientais  sem representantes de  PIPCTs  e grupos locais  urbanos periféricos  se  configura violação de salvaguardas e portanto contribui para acirrar o racismo ambiental;


Fotos: Deroní Mendes, Comunidade  Pantaneira Piuval - município de barão de Melgaço-MT

Vídeo: Zona Rural do município de Vila Bela da Santíssima trindade MT, 2022.

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