Projeto Poço de Carbono Juruena - Lideranças indígenas, agricultores familiares, professores, técnicos de organizações da sociedade civil e do governo federal e gestores públicos estão participando do Programa Germinar – Desenvolvimento de Líderes Facilitadores, em Juruena, no Noroeste de Mato Grosso.
Desenvolvido pelo Instituto Ecosocial, o programa de formação veio a região numa parceria com o Projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur e patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental. Ao todo, 35 participantes, entre eles representantes das etnias Apiaká, Caiaby, Munduruku e Cinta-larga e agricultores familiares de Juína, Juruena e Cotriguaçu, participaram do primeiro módulo, realizado entre os dias 09 e 12 de maio.
O objetivo do Germinar é formar agentes para o desenvolvimento integrado, orgânico e sustentável das pessoas, organizações e ambiente social. Paulo Nunes, coordenador do projeto Poço de Carbono Juruena, destaca a importância desse tipo de qualificação devido ao desenvolvimento das associações e cooperativas envolvidas no projeto.
“A Cooperativa de Agricultores do Vale do Amanhecer – Coopavam e a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia – AMCA vem melhorando a qualidade de seus produtos, além de diversificá-los. É importante, nessa nova fase de gestão das entidades, um programa de formação de líderes que beneficie os empreendimentos e as pessoas que fazem parte deles”, explica. Já as comunidades indígenas são parceiras relativamente novas no projeto e podem se beneficiar da qualificação, ajudando-os a gerenciar a extração de castanha-do-Brasil em suas áreas.
No primeiro módulo, realizado em Fontanilhas, os participantes puderam compreender o papel do facilitador e da dinâmica de desenvolvimento de indivíduos, grupos e organizações. Já no segundo módulo, previsto para ser realizado entre 27 e 30 de junho, os participantes irão aprofundar os conceitos e as habilidades necessárias para a facilitação de processos de mudança organizacional.
Ao todo, serão cinco módulos, sendo que o último está previsto para acontecer entre os dias 21 e 24 de novembro. “Além de servir para formar novos líderes que trabalham em vários municípios e com diversas atividades econômicas na região Noroeste, a formação tem também um papel importante na formação do indivíduo”, complementa Paulo Nunes.
Saiba mais sobre o projeto Poço de Carbono Juruena
O projeto Poço de Carbono Juruena teve início em janeiro de 2010 e além de envolver mais de 260 famílias de Juruena tem a meta de plantar um milhão e quinhentas mil mudas de espécies frutíferas e florestais nativas da Amazônia. A adesão dos agricultores ao projeto é espontânea e vem aumentando com os resultados obtidos pelas famílias que já participam. Além das mudas, os agricultores recebem orientação técnica, capacitações, insumos e participam de intercâmbios em outras experiências consolidadas na região. Outro importante trabalho relacionado à redução de emissões de carbono vem sendo realizado pelo projeto através do uso de uma serraria portátil, que aproveita a madeira morta das roças e pastagens.
Além da formação dos sistemas agroflorestais, o projeto incentiva também a COOPAVAM e a AMCA, que trabalham com a castanha-do-Brasil e seus derivados. Para garantir a sustentabilidade, os técnicos do projeto ajudam a viabilizar projetos com instituições como a CONAB. Além disso, empresas como a Natura Cosméticos também fazem parte desta iniciativa. O objetivo final deste trabalho é garantir a conservação da floresta, através da valorização de produtos florestais não madeireiros e do uso múltiplo dessas áreas
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