Implantação do sistema de pastagem rotacionado na propriedade do Sr. Augusto Piloni. |
ICV -Daniela Torezzan / Trabalhos de gradagem, correção do solo, piqueteamento e plantio estão sendo executados nas propriedades
O Projeto Pecuária Integrada de Baixo Carbono, apresentado na última semana durante um seminário para mais de 300 pessoas em Alta Floresta, já está em execução no município. A seleção das propriedades onde serão propostas ações de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e implantadas as Unidades de Referência Tecnológica (UTR) em recuperação e manejo de pastagens já foi realizada e as atividades estão em andamento.
De acordo com Vando Telles, coordenador do projeto do Instituto Centro de Vida (ICV), a primeira etapa realizada foi o chamado diagnóstico de marco zero, ou seja, um levantamento minucioso para traçar um raio-X da propriedade, identificando aspectos relacionados a pastagem, instalações rurais, inventário de maquinários, equipe (funcionários), atividades econômicas, rebanho e suplementação alimentar, entre outros. Com base nessas informações está sendo elaborado um projeto de viabilidade técnico-econômico de toda propriedade para os próximos três anos. Já para as URT´s de recuperação e manejo de pastagem será trabalhada uma parte de cada propriedade. A proposta é que esse plano de ação atue no processo de gestão integrada da propriedade, melhorando os aspectos de utilização dos recursos naturais (incluindo solo, água e florestas), de produção animal e de recursos humanos. “A próxima etapa será realizar o mesmo diagnóstico de marco zero para a questão ambiental, propondo um plano de adequação”, revela Vando.
Mas não é só no aspecto de diagnóstico e relatórios que o projeto está avançando. Todas as propriedades já estão com atividades no chão sendo executadas. Vando Telles explica que, de acordo com a situação e necessidade encontrada em cada área, estão sendo realizados trabalhos específicos, como: gradagem, correção do solo, piqueteamento (divisão) das pastagens com implantação de cerca elétrica e também o plantio de pastagem.
Para realizar esses trabalhos, o pecuarista não está sozinho. O projeto, que conta com a parceira da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) além do suporte técnico mensal, fornece insumos, como calcário, adubo, sementes, cerca elétrica e mudas de árvores para a implantação do sistema silvipastoril (pastagem e floresta) na área da URT. A contrapartida do proprietário, além do compromisso de adotar as recomendações de BPA feitas, é fornecer a mão de obra contínua para essa nova gestão da propriedade, maquinários (quando necessário) e lascas para a implantação da cerca elétrica. “A tendência é que essas atividades se intensifiquem nos próximos dois meses, com o início do período de chuvas”, explica Vando.
Informações sobre o projeto e as Boas Práticas Agropecuárias foram apresentadas durante um seminário de três dias (26, 27 e 28 de setembro) realizado em Alta Floresta, com a participação de pecuaristas, agricultores familiares, técnicos, estudantes, comerciantes e demais profissionais envolvidos com a cadeia produtiva da pecuária. A iniciativa conta com a parceria da Embrapa e da Prefeitura Municipal,e com o apoio financeiro do Fundo Vale.
Você pode conferir as apresentações feitas durante o 1º Seminário de Pecuária Integrada: rumo às Boas Práticas Agropecuárias nos links abaixo.
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