quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Projeto de Pecuária Integrada de Baixo Carbono já está com atividades no chão em Alta Floresta

Implantação do sistema de pastagem rotacionado na propriedade do Sr.
Augusto Piloni. 

ICV -Daniela Torezzan / Trabalhos de gradagem, correção do solo, piqueteamento e plantio estão sendo executados nas propriedades

O Projeto Pecuária Integrada de Baixo Carbono, apresentado na última semana durante um seminário para mais de 300 pessoas em Alta Floresta, já está em execução no município. A seleção das propriedades onde serão propostas ações de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e implantadas as Unidades de Referência Tecnológica (UTR) em recuperação e manejo de pastagens já foi realizada e as atividades estão em andamento.

De acordo com Vando Telles, coordenador do projeto do Instituto Centro de Vida (ICV), a primeira etapa realizada foi o chamado diagnóstico de marco zero, ou seja, um levantamento minucioso para traçar um raio-X da propriedade, identificando aspectos relacionados a pastagem, instalações rurais, inventário de maquinários, equipe (funcionários), atividades econômicas, rebanho e suplementação alimentar, entre outros. Com base nessas informações está sendo elaborado um projeto de viabilidade técnico-econômico de toda propriedade para os próximos três anos. Já para as URT´s de recuperação e manejo de pastagem será trabalhada uma parte de cada propriedade. A proposta é que esse plano de ação atue no processo de gestão integrada da propriedade, melhorando os aspectos de utilização dos recursos naturais (incluindo solo, água e florestas), de produção animal e de recursos humanos. “A próxima etapa será realizar o mesmo diagnóstico de marco zero para a questão ambiental, propondo um plano de adequação”, revela Vando.

Mas não é só no aspecto de diagnóstico e relatórios que o projeto está avançando. Todas as propriedades já estão com atividades no chão sendo executadas. Vando Telles explica que, de acordo com a situação e necessidade encontrada em cada área, estão sendo realizados trabalhos específicos, como: gradagem, correção do solo, piqueteamento (divisão) das pastagens com implantação de cerca elétrica e também o plantio de pastagem.

Para realizar esses trabalhos, o pecuarista não está sozinho. O projeto, que conta com a parceira da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) além do suporte técnico mensal, fornece insumos, como calcário, adubo, sementes, cerca elétrica e mudas de árvores para a implantação do sistema silvipastoril (pastagem e floresta) na área da URT. A contrapartida do proprietário, além do compromisso de adotar as recomendações de BPA feitas, é fornecer a mão de obra contínua para essa nova gestão da propriedade, maquinários (quando necessário) e lascas para a implantação da cerca elétrica. “A tendência é que essas atividades se intensifiquem nos próximos dois meses, com o início do período de chuvas”, explica Vando.

Informações sobre o projeto e as Boas Práticas Agropecuárias foram apresentadas durante um seminário de três dias (26, 27 e 28 de setembro) realizado em Alta Floresta, com a participação de pecuaristas, agricultores familiares, técnicos, estudantes, comerciantes e demais profissionais envolvidos com a cadeia produtiva da pecuária. A iniciativa conta com a parceria da Embrapa e da Prefeitura Municipal,e com o apoio financeiro do Fundo Vale.

Você pode conferir as apresentações feitas durante o 1º Seminário de Pecuária Integrada: rumo às Boas Práticas Agropecuárias nos links abaixo.








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