Deroní Mendes - A mensagem dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais (PIPCTs) que ficou para mim nesse primeiro de dia ultima oficina para a construção do Sistema de Informações sobre Salvaguardas de REDD+ (SISREDD) é que não estão dispostos a continuar a ser considerados APTOS e ELEGÍVEIS para participar dos espaços de diálogos governo-sociedade civil (GTs, Conselhos, Comissões, Câmaras consultivas, fóruns) para construção de politicas públicas, projetos, programas, ferramentas, sistemas de avaliação e monitoramento, porém, continuar sendo tratados como inaptos e INELEGÍVEIS para DIRETAMENTE acessar e fazer a gestão dos recursos desses programas que estão ajudando a construir.
E isso não significa, que querem descartar as formas de acessos a recursos existentes, como por exemplo, o Fundo Amazônia... Não significa, também, criar linhas de créditos com valores exorbitantes, na casa dos milhões porque o Estado tem uma divida ecológica histórica com esses grupos. Basicamente, significa que precisamos urgentemente avançar um pouco mais e construir/ encontrar/experimentar outras/novas formas que respondam as realidades dos PCTs. É claro que não será facil, e simples, mas precisam e querem experimentar a oportunidade de errar e poder aprender com os erros, como outros segmentos tem aprendido. Mais que isso, querem ajudar a construir esse caminho...
As intervenções dos PCTs,(ao meu ver) dão a entender que o Estado, precisa entender que a prioridade do seguimento não é o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e sim, contribuir para melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) humano do pais. Porque sim, eles existem e coexistem e conseguem produzir harmonicamente com os recursos naturais disponíveis em seus territórios. A prioridade é a garantia do território, o respeito a cultura, a proteção do conhecimento tradicional, o acesso e a mesmo tempo a proteção do patrimônio genético, e é claro a autonomia, protagonismo e bem viver.
Um dos maiores desafios do SISREDD+ será o de
que os indicadores que construímos nas etapas anteriores permita avaliar e monitorar mais que os resultados de impactos que influenciam no PIB, mas também, os resultados que influenciam no IDH dos PCTs na implementação de politicas que levem a resultado de REDD+.
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