Fonte: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST -29 de junho de 2011
Osvaldo Russo - Estatitisco, ex-presidente do Incra e membro do coletivo da secretaria agraria nacional do PT
Sobre o novo Código Florestal, se eu pudesse votar na Câmara dos Deputados no dia 25 de junho passado, eu teria votado como vários parlamentares petistas, entre os quais destaco cinco das cinco regiões brasileiras, que votaram contra o relatório Aldo Rebelo.
O deputado Sibá Machado, da Região Norte – PT/AC, voto das florestas, dos seringueiros, dos ribeirinhos e em memória de Chico Mendes.
A deputada Erika Kokay, da Região Centro-Oeste – PT/DF, voto da mãe natureza, dos povos indígenas e em memória das crianças que morrem a cada dia no Brasil.
O deputado Valmir Assunção, da Região Nordeste – PT/BA, voto dos sem terra, dos assentados, dos quilombolas e em memória de Zumbi dos Palmares.
O deputado Padre João, da Região Sudeste – do PT/MG, voto das pastorais e em da memória de seus mártires.
O deputado Marcon – da Região Sul – PT/RS, outro voto dos sem terra, dos assentados, da luta de Encruzilhada Natalino e em memória do saudoso companheiro Adão Pretto.
Naquela noite, eu teria votado como esses parlamentares.
Eu teria votado com a minha consciência e a história de lutas agrárias e ambientais dos movimentos sociais e do Partido dos Trabalhadores.
Eu teria votado contra o relatório do deputado Aldo Rebelo.
Votar pela anistia aos criminosos ambientais e com a agrobarbárie é votar na impunidade, na insustentabilidade e no descompromisso com o Brasil e o seu futuro.
Sugiro consultar o posicionamento daqueles cinco parlamentares e revisitar o que consta do programa de governo da presidenta Dilma Rousseff, em especial as premissas e diretrizes da “Política ambiental para o desenvolvimento sustentável, para o Brasil seguir mudando” e os seus “13 Pontos para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil”.
Espero que o PT e a base do governo articulem um novo e defensável relatório.
Espero que o Senado Federal cumpra o seu dever.
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